sábado, 30 de abril de 2016

O Dia D da vacinação contra a gripe H1N1 que não houve em Juazeiro

Por Elinete Carvalho

A internet trouxe a possibilidade de acréscimo de interatividade no campo da comunicação, porém o grande problema é a veracidade das publicações dos casos e o fluxo de informações sem riquezas de apurações para o processo de construção da notícia.

Neste sábado, dia 30 de abril, acontece o Dia D da vacinação contra a gripe H1N1. Durante todo o dia unidades de saúde dos estados brasileiros estão de portas abertas com o objetivo de aplicar a vacina. A campanha nacional  tem como objetivo chamar a atenção da população para o risco da doença.

A Secretaria de Saúde de Juazeiro informou que na cidade não está acontecendo nenhuma mobilização do dia D da campanha nacional contra o vírus da gripe H1N1 em virtude do baixo estoque de doses da vacina.

O portal Gazzeta e o Diárioda Região publicaram, na versão online, uma nota da secretaria informando à população o motivo dos postos de saúde da cidade não aderirem a campanha. Em ambos, as informações contidas na notícia são as mesmas, ou seja , o release enviado pelo assessor da secretaria de saúde, informações vagas sem nenhum aprofundamento do fato.

Até o título da noticia é o mesmo "Juazeiro não terá ‘dia D’ contra a gripe H1N1 mas vacinação continua".A ênfase da notícia identificado pelo título é o fato de Juazeiro não ter participado do Dia D da campanha e não a probabilidade de aumentar os risco da população que ficou sem aplicação da vacina. Em seguida vem a explicação do superintendente de humanização e promoção a saúde de Juazeiro, informando como os postos de saúde irão aplicar a vacinação.

A abordagem sugere que existe uma posição  política e sistemática do fato na construção da notícia, que afeta a escolha para dar publicidade a determinado órgão público, para isso omite-se dados e outras informações mais relevantes e que a população precisa saber, como a quantidade de pessoas que já foram vacinadas, o percentual de pessoas imunizadas dentro do grupo prioritário. Além disso, não há o posicionamento de um dos  lados essenciais na construção da notícia, o  público.

Concluí-se, portanto, que os portais e blogs da região estão cheios de informações particularizadas, há informação demais, numa velocidade exponencial e ao invés de apurarem e noticiarem fatos de interesses social e do público geral, reproduzem notícias e, consequentemente, ajudam no trabalho do assessor de imprensa a de promover seu assessorado. 

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