Por Elinete Carvalho
A internet trouxe a
possibilidade de acréscimo de interatividade no campo da comunicação, porém o
grande problema é a veracidade das publicações dos casos e o fluxo de
informações sem riquezas de apurações para o processo de construção da notícia.
Neste sábado, dia 30 de
abril, acontece o Dia D da vacinação contra a gripe H1N1. Durante todo o
dia unidades de saúde dos estados brasileiros estão de portas abertas com o
objetivo de aplicar a vacina. A campanha nacional tem como objetivo chamar a atenção da
população para o risco da doença.
A Secretaria de Saúde de
Juazeiro informou que na cidade não está acontecendo nenhuma mobilização do dia
D da campanha nacional contra o vírus da gripe H1N1 em virtude do baixo estoque
de doses da vacina.
O portal Gazzeta e o Diárioda Região publicaram, na versão online, uma nota da secretaria informando à
população o motivo dos postos de saúde da cidade não aderirem a campanha. Em
ambos, as informações contidas na notícia são as mesmas, ou seja , o release enviado
pelo assessor da secretaria de saúde, informações vagas sem nenhum
aprofundamento do fato.
Até o título da
noticia é o mesmo "Juazeiro não terá ‘dia D’ contra
a gripe H1N1 mas vacinação continua".A ênfase da notícia identificado pelo
título é o fato de Juazeiro não ter participado do Dia D da campanha e não a probabilidade
de aumentar os risco da população que ficou sem aplicação da vacina. Em seguida
vem a explicação do superintendente de
humanização e promoção a saúde de Juazeiro, informando como os postos de saúde
irão aplicar a vacinação.
A abordagem
sugere que existe uma posição política e
sistemática do fato na construção da notícia, que afeta a escolha para dar publicidade
a determinado órgão público, para isso omite-se dados e outras informações mais
relevantes e que a população precisa saber, como a quantidade de pessoas que já
foram vacinadas, o percentual de pessoas imunizadas dentro do grupo prioritário.
Além disso, não há o posicionamento de um dos lados essenciais na construção da notícia,
o público.
Concluí-se,
portanto, que os portais e blogs da região estão cheios de informações particularizadas,
há informação demais, numa velocidade exponencial e ao invés de apurarem e
noticiarem fatos de interesses social e do público geral, reproduzem notícias e,
consequentemente, ajudam no trabalho do assessor de imprensa a de promover seu
assessorado.
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